A Delegacia Estadual de Repressão a
Narcóticos (Denarc) apreendeu na tarde de ontem, 21/05, 1.300 quilos de
maconha – a maior apreensão da droga feita esse ano pela Polícia Civil.
A droga estava em poder de Dalvan da Silva Pereira, de 25 anos e Iury
Martins da Silva, 24 anos, que responderão pelos crimes de tráfico de
drogas, associação para o tráfico de drogas e posse irregular de arma de
fogo. Junto com eles foi foi apreendido o menor J.Z.D.R.C., de 17
anos, que tinha em sua posse duas armas de fogo.
Dalvan, que se intitulava “O Rei da
Maconha”, e Iury estavam sendo monitorados desde janeiro até serem
presos. Dalvan usava uma residência alugada no Setor Buriti Sereno, em
Aparecida de Goiânia, para guardar a droga. Depois, visando garantir
mais segurança para não ser encontrado pela polícia, mudou o local do
depósito para uma residência em um condomínio fechado na Chácara Santa
Luzia, também em Aparecida de Goiânia
Durante as investigações, os Policiais
Civis descobriram que Dalvan faria uma entrega de maconha às 14 horas de
ontem (dia 21.05). Os policiais da Denarc ficaram próximos à residência
de Dalvan monitorando os veículos que entravam e saiam do condomínio e,
por volta das 14h30, um veículo VW/GOL entrou no condomínio e após
poucos minutos deixou o local, indo para a Avenida Independência.
O veículo foi perseguido e logo em seguida abordado, pois os
traficantes estavam desconfiados da perseguição. Na abordagem, Iury, que
estava ao volante do Gol, deu a marcha a ré e saiu em alta velocidade,
tendo Dalvan como passageiro. Os policiais atiraram nos pneus do carro,
fazendo com que Iury perdesse o controle e batesse com a traseira do
veículo numa árvore.
Dentro do carro foram apreendidos 67
tabletes de maconha e mais 3 porções da mesma substância, pesando 62
quilos. Posteriormente, os Policiais Civis apreenderam no interior da
casa alugada, dentro do condomínio, o restante da droga, armazenada
num dos quartos e no banheiro. Na casa da sogra de Iury foram
apreendidas as duas pistolas, uma calibre 380, com numeração raspada, e
outra uma calibre Ponto 40, de uso restrito. A primeira arma é de Iury
e, a segunda, era usada pelo menor que fazia o serviço de “batedor”.
Dalvan Pereira e Iury Martins entregavam
a droga sempre em horários de grande fluxo de pessoas e veículos. Para
não chamar a atenção, eles usavam o estacionamento de um grande
supermercado, situado no Bairro Cardoso, e faziam entregas também em
frente à MABEL e no estacionamento da FANAP, no horário de entrada dos
alunos. Através das anotações de fluxo de caixa dos indiciados estima-se
que a média de ganho mensal dos dois era de 1 milhão de reais, dinheiro
que lucravam com a venda de drogas.