Preso suspeito de matar criança

 

Pedro Quirino, 20, teria violentado e espancado Kauê, de 4 anos, até a morte, em Aparecida de Goiânia

O suspeito de ter espancado e estuprado Kauê dos Santos Souza, de 4 anos, que foi encontrado morto na última quarta-feira, dentro de uma mata em Aparecida de Goiânia, foi preso na tarde de ontem, no Setor Nova Cidade, também no município. Um menor de 16 anos, que teria participado do crime, também foi apreendido. Ele disse à polícia que Pedro Quirino Santiago, 20, seria homossexual, e teria cometido o crime sob a motivação de que estava comemorando seu aniversário. Pedro, que tem passagem por porte ilegal de arma no Estado do Pará, deve ser encaminhado para a Casa de Prisão Provisória. Kauê foi velado e sepultado na manhã de ontem.

Segundo o delegado titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia, Anderson Pimentel Penha, a prisão dos suspeitos só foi possível com a participação de testemunhas. "Foi por meio de pes-soas que presenciaram os dois suspeitos andando com a criança e coletando características desses que chegamos até eles", disse. Pedro, que foi o primeiro a ser detido, estava no Setor Nova Cidade quando foi abordado. "Ele não reagiu à prisão, mas negou as acusações", afirmou o delegado. Por meio de Pedro, a polícia chegou até o menor, que estava no Setor Jardim Tiradentes. Ele negou ter participado do homicídio, mas afirmou ter acompanhado Pedro desde o momento em que abordaram a criança na praça.
Segundo o delegado, Pedro é natural do Pará e estava em Aparecida há cerca de quatro meses sem residência fixa. "O menor nos contou que Pedro é homossexual e que morava com um suposto namorado, próximo à casa da vítima. Um dos motivos que levou Pedro a matar a criança foi por te sido reconhecido por ela", disse. O suspeito tem passagem por porte ilegal de arma no Estado do Pará e é conhecido na região por "Zé da Mata", já que ficava andando nas proximidades com frequência.



DNA
O delegado disse ainda que Pedro se negou a fornecer material biológico para confirmar se é o mesmo encontrado no ânus da criança. "Ele se recusou a fazer o exame e isso só aumentou nossa certeza de que ele pode ser o culpado." Ao ser apresentado pela polícia, o suspeito negou as acusações e disse que vai fornecer o material. "Eu não fiz nada com esse menino. Não fui eu que matei e nem conhecia o garoto. Vou fazer o exame porque não sou culpado", disse. Ele afirmou ser amigo do menor, mas negou ser homossexual. "Eu só morava com um gay, mas não mantinha relações com ele", disse.
O menor contou à polícia que acompanhou Pedro em todo o trajeto, desde a abordagem da criança até a morte, mas negou ter ajudado a matar Kauê. "Ele nos disse que ficou vigiando enquanto Pedro cometia o crime", reiterou o delegado. Anderson afirmou que o menor deve ser internado em uma clínica e pediu para que as pessoas não se revoltem contra a família do suspeito. "A mãe do menor está desesperada. A família não tem culpa. Então pedimos compreensão para que a família desse menor, que mora em Aparecida, não sofra represálias." Ainda segundo o delegado, antes do crime, Pedro e o menor usaram crack e maconha.